Crítica | Jason Bourne

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Iniciada em 2002, a trilogia Bourne se firmou como sucesso de público e crítica ao conseguir aliar de maneiras bastante satisfatória uma história inteligente e excelentes cenas de ação. Nove anos depois do fechamento da trilogia a saga volta a ganhar um novo capitulo, isso se ignorarmos o longa de 2012 estrelado por Jeremy Renner, e apesar de Jason Bourne parecer um tanto quanto desnecessário para a franquia ele ao menos serve como um bom entretenimento.

Fora do radar como lutator de rua, Jason Bourne (Matt Damon) é surpreendido por Nicky Parsons (Julia Stiles), que o procura oferecendo novas informações sobre seu passado. Inicialmente resistente, ele acaba voltando aos Estados Unidos para continuar a investigação e entra na mira do ex-chefe Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que teme mais um vazamento de dados. Dentro na CIA, no entanto, a novata Heather Lee (Alicia Vikander) acredita que tentar recrutar Bourne para a agência seja a melhor solução.

As cenas de ação do longa são excelentes, o que já é de costume na franquia. O diretor Paul Greengrass conduz com maestria as cenas de perseguições e consegue criar a tensão necessária nelas, contribuindo assim para o processo de imersão do espectador. O único porém fica para uma perseguição automobilística, que acontece no ato final do filme, onde temos alguns momentos um tanto quanto inverossímeis e que podem desagradar os fãs da franquia.

O filme conta com um trio de grandes atores: Matt DamonTommy Lee Jones e Alicia Vikander. Enquanto os dois primeiros trazem performances apenas “ok”, a jovem atriz sueca se destaca com sua personagem que vai evoluindo de forma bastante interessante durante o longa.

A trama do longa vai fluindo bem até a metade do filme, porém o roteiro sente a necessidade de contextualizar ainda mais sua história e acaba adicionando um debate sobre a privacidade na era da informação, um tema que pareceria até bastante pertinente para ser trabalhado nessa franquia, porém a discussão sobre o assunto é bastante forçada e superficial, o que acaba atrapalhando bastante o filme durante a sua segunda metade.

Jason Bourne é sem dúvida nenhuma um bom entretenimento, principalmente devido as suas excelentes cenas de ação, porém acaba escorregando na tentativa de trazer algo novo a franquia. Talvez seja a melhor que a série de filmes acabe por aqui, já que novas continuações, pelo menos nesse momento, parecem ser bastante desnecessárias. 

NOTA: 7,0

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